4 de janeiro de 2015

Pedra Azul




A escravatura  - maior trauma social do país – estava por terminar, e a monarquia necessitava de mão de obra para substituir os escravos na agricultura. O emissário imperial foi enviado a Itália, que estabeleceu tratativas com o governo para se proceder a imigração. O segmento social  contatado,  na  sua maioria foi oriundo da parte alta da “bota” do mapa daquele país, ou seja do norte.  Vieram do campesinato, das aldeias de Treviso, Trento, Rimili, Modena, Brescia, Piemonte e de outras então aldeias. Se irmanaram nessa aventura a vizinha República de San Marino. Escolheram as terras conhecidas  como terra fria,  as quais se assemelhavam ao habitat dos mesmos, bem como a menor incidência de doenças tropicais.  No Espírito Santo uma parte “sentou praça” em Pedra Azul com 1150 metros acima do mar, e chegaram à região há quase um século e meio. Em torno da Pedra Azul se radicaram os  Peterle, Bellon, Dorderoni, Marzocco, Grecco, Pianzoli, Lorenzzoni, Canal, Ulliana, Bravim e Modolo. São as famílias guardiães da Pedra Azul. Curiosamente esse ponto culminante torna-se  azul na lua cheia,  pelos reflexos luminosos sobre os pigmentos florais azulados e incrustados na rocha. E com o  mesmo efeito,  vê-se o perfil de uma escultura natural com a similitude de um lagarto escalando os 1892 metros. A Pedra Azul está protegida enquanto Parque Estadual, o que não é suficiente para impedir à sanha dos argentários destruidores do patrimônio natural, camuflado sob o pseudomanto do  “progressio”

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