A escravatura - maior trauma social do país – estava por
terminar, e a monarquia necessitava de mão de obra para substituir os escravos
na agricultura. O emissário imperial foi enviado a Itália, que estabeleceu tratativas com o governo para se proceder a imigração. O segmento social contatado, na sua maioria foi oriundo da parte alta da
“bota” do mapa daquele país, ou seja do norte. Vieram do campesinato, das aldeias de Treviso,
Trento, Rimili, Modena, Brescia, Piemonte e de outras então aldeias. Se irmanaram nessa aventura a vizinha
República de San Marino. Escolheram as terras conhecidas como terra fria, as quais se assemelhavam ao habitat dos mesmos, bem como a menor incidência de doenças tropicais. No Espírito Santo uma parte “sentou praça” em Pedra Azul com
1150 metros acima do mar, e chegaram à região há quase um século e meio. Em
torno da Pedra Azul se radicaram os Peterle, Bellon, Dorderoni, Marzocco, Grecco,
Pianzoli, Lorenzzoni, Canal, Ulliana, Bravim e Modolo. São as famílias
guardiães da Pedra Azul. Curiosamente esse ponto culminante torna-se azul na lua cheia, pelos reflexos luminosos sobre os pigmentos florais azulados
e incrustados na rocha. E com o mesmo efeito, vê-se o perfil de uma escultura natural com a similitude de
um lagarto escalando os 1892 metros. A Pedra Azul está protegida enquanto
Parque Estadual, o que não é suficiente para impedir à sanha dos argentários destruidores do patrimônio natural, camuflado sob o pseudomanto do “progressio”
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