2 de novembro de 2014

A mística e seus apêndices



·         A Igreja católica historicamente sempre esteve aliada a classe dominante, destaque  para o período da Idade Média, onde as monarquias prevaleciam. A Inquisição  promovida pelos católicos assassinou milhares de pessoas, em nome  da manutenção  do poder,  e na defesa de  teses atrasadas. Numa breve pesquisa em nome do frei dominicano o espanhol -  Tomas Torquemada - (1420/1498), descortinar-se-á o fato de ter lançado às fogueiras da Inquisição, cerca de 2200 (dois mil e duzentos) indivíduos entre judeus e muçulmanos. É a ponta de um  " mega-iceberg". Em 1517 frei Martinho Lutero abre  dissidência e cria o protestantismo, contrário a venda das indulgências que  “garantia” o reino dos céus e outras razões. Em 1789 explodia a Revolução Francesa, contra a perversa monarquia e a Igreja Católica. A guilhotina foi amplamente usada contra a realeza, e outros segmentos, inclusive um dos líderes da revolução o advogado - Robespierre - foi decapitado.  Em 1917 a Revolução Bolchevique na Rússia baniu as religiões do território russo, e por fim a Revolução da China em 1949, tomou idêntica  atitude e proibiu quaisquer atividades místico-religiosas nas terras de Confúcio. A história é implacável, os fatos são julgados através do tempo. A proliferação de igrejas neo-pentecostais ( evangelismo massivo) crescem  em abundantes proporções geométricas. Antes eram as indulgências, e no momento é a prática do exorcismo, e a pedofilia. E para finalizar, durante o golpe militar de 1964, o estamento religioso através da imponente CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil -  interferiu - politicamente correto - contra a ausência das liberdades democráticas na vigência da ditadura militar,  alguns outros segmentos evangélicos acompanharam de roldão, o procedimento da igreja católica. Surgiu o mensalão, e seus atores foram condenados por corrupção,  e a Igreja católica permaneceu emudecida. O escândalo da Petrobras promete ser o maior  furto de verba  pública  do mundo, em valores e organização.  Tal qual o passarinho, que na troca da plumagem  não canta, a igreja católica  continua emudecida, tanto quando permaneceu durante os trezentos anos da escravidão brasileira. Contrapõe (parte) da narrativa acima, o  jesuíta Papa Francisco I, que deseja uma igreja pobre, para os pobres. Dever-se-ia buscar uma teologia transcendental, diante da divisão mundial de crenças divulgada pela ONU: 31% cristãos, 23% muçulmanos, 16% sem religião, 15% hindus, 7% budistas, 5% religiões étnicas, 1% judeus e outros. Onde está, ou é o centro?

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