15 de março de 2013

Morro da Palha, comunidade afro-descendente



A simpática comunidade do Morro da Palha, foi fundada em 1955, em Mimoso do Sul, próximo do extremo sul capixaba. E as primeiras familias vieram da antiga Caixa D'àgua nas imediações do Usina Hidroelétrica construida pelo governador Rubens Rangel. Os retirantes se estabeleceram no lado direito, pela rua Crispim Braga acima, no sentido Rio de Janeiro pela via férrea. O casal, Manoel Pereira e sua esposa Elcia, lideraram esses novos moradores, na busca da felicidade, através de um abrigo, de uma casa, que é a simbologia maior, para se sentir dentro do princípio inicial da cidadania. E junto, com o casal, a ninhada de filhos, a saber: Margarida, Osvaldo, Maria da Penha, Luci, Manoelita, Jair e Marlene. Num sistema de mutirão, construiram meia duzia de barracas de pindoba e, e cobertas das palhas de sapê. Nessa embrionária comunidade, foi onde se deu origem ao toponomio: Morro da Palha. Vieram em seguida outras famílias, da Pequetita, Josefina(cujo a apelido era "Kalil Morreu"), Joaninha, auxiliar de enfermagem e rezadeira com fé, Filipina, Chico Pedro, Alcebíades, Dona Floripe mãe da Dona Sebastiana, casada com João Azevedo, e mãe do Avides Azevedo, e tantos outros (Dona Sebastiana, longeva, morreu com mais de 100 anos), Alberto Faustino, Lourdes esposa do professor Pitacus, que lecionava quimica, no colégio local. Alguns moradores afirmam, ter sido ele oficial da marinha grega, e que por aqui aportou. Lourdes deu-lhe uma filha. Essa narrativa, ainda criança fez-me lembrar do Quarentinha,(em homenagem ao craque do Botafogo) José Carlos (Tim), Dagmar, Xanfrado, Calango, ou Pé Redondo, e o Joci, que suportava sobre a cabeça, tres sacos de café. Era um hércules, pela sua força física, todavia, foi precocemente vencido pelo alcoolismo. O Morro da Palha com as suas casas de alvenaria, creche, ruas calçadas, luz, e água potável, está plenamente integrado ao conjunto da sociedade local. E para coroar a performance do bairro, o funcional sopão da Rosinha, com a ajuda de todos, alimenta os mais carentes, bem como o providencial asilo.

PS.: Essa matéria teve a inestimável colaboração do Bento.

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