3 de fevereiro de 2013

Monarco oitenta e oito !

Hildemar Diniz, mais conhecido como Monarco, nasceu em Nova Iguaçu e se transferiu para Madureira, próximo da Portela em 1947. Homem de hábitos simples mora no Riachuelo, subúrbio da zona norte no Rio de Janeiro. É considerado um sambista de escol. Paulinho da Viola, também portelense se considera discípulo de Monarco. Compositor da respeitável da Velha Guarda da Portela, que é a memória viva da história do Brasil cultural e miscigenado. É a narrativa poética da sociologia brasileira. Monarco é patrimônio das cores azul e branco, do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, enquanto membro e compositor da Portela. As letras dos sambas de Monarco, nunca se esquece de discorrer sobre a biografia dos seus sambistas. Um autêntico guardião da memória da escola. Prestigia os ícones do passado, e do presente, através da sua poética musical. Reverencia também os compositores das outras escolas, por exemplo: aprendeu a técnica de composição de sambas-enredo, com o mestre Silas de Oliveira, fundador da Império Serrano. A voz de Monarco, é de inflexão metálica, fluente e suave. Nas suas entrevistas, reverencia Paulo da Portela, Antonio Rufino e Caetano, fundadores da Portela. A família de Monarco, tal qual Johann Sebastian Bach, resguardadas as proporções, tem nos filhos, sucessores da sua arte. Está na ativa, todavia, eclipsado pela mídia, mas continua cantando e encantando àqueles que lhe ouve. Parabéns Monarco. Ele Partiu ontem dia 11 de dezembro, em plena lua crescente, se foi para algum lugar ou não, não devo opinar.  Intuo no meu imaginativo ser  ele  mais uma estrela a iluminar constelação tipo a de Orion, cuja porta de entrada será recebido por Bach,Ary Barroso, Pixinguinha e Tom Jobim. Saudade !

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