22 de agosto de 2011

Ao zênite

Sou do meu tempo,
do tempo alheio,
sou nada,
Alhures,busco um cronômetro
quebrado.
Conexão efêmera,
vozes que chamam.
nessa única estada,e
num repto desarmado.
o imponderável,
cutuca quieto,
o tapiucaba.
Cobra-vidro,
não faz verão.

O Gólgota é aqui,o monodrama
edita a dor do dia.
Nos intervalos,quindim,e
floreado
d'um trompete,
 ao cagar dos pintos,(*)
no tugúrio,meu coração lúdico
viaja com Chet Baker.

Um regalo,uma bolha de sabão,
coisas iguais...desaparecem
na velocidade da luz...
cópula carnal,
no mesmo rítmo conduz...
sinfonias e o cântico das aves,
recolhidas,nos ninhos esféricos,e
outras formas métricas...
Porta-voz da alvorada,
depois de afinada,
embocadura resistente,
eis que,um raio de repente
encerra seu ciclo...
perde a validade,
Ao zênite,sua morada.


(*) Frase cunhada durante anos a fio,no bar do Hotel Argentina,pelo causídico piauiense George Pires Chaves,significando que "às 18.00 horas,é momento que os pintinhos se recolhem ao galinheiro, e defecam."

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