1 de abril de 2010

Vida, morte e ressureição de Cristo.



A definição de paixão no aspecto religioso, segundo, o Dicionário Caldas Aulete,   é o martírio de Jesus Cristo, por extensão, é uma grande mágoa. Pai, Filho e Espírito Santo são uma única pessoa, aliás uma só divindade - onipresente, oniciente e onipotente - sendo que Jesus Cristo feito homem nasceu, do ventre de uma mulher judia - Maria - pelo milagre do Espírito Santo. Jesus Cristo,  consequentemente é judeu. As inscrições na cruz - I N R I - traduzido do latim, significa : Jesus de Nazareno Rei dos Judeus. Maria e sua mãe Ana, e suas irmãs estavam orando  numa sinagoga, quando recebeu o anúncio que seria mãe do Messias, e que seu marido seria José, o operário que foi mais tarde canonizado, por acreditar no milagre na Virgem Maria, que gerou e deu a luz ao menino Jesus ! Deus encarna numa criança muito pobre.  A história do Natal é clara a esse respeito. A família escolhida para o nascimento de Jesus Cristo, não dispõe de dinheiro para pagar um alojamento, ou seja, está praticamente sem teto –  Jesus Cristo – nasce num estábulo, entre bois e burregos.  Este fato tem consequencias incalculáveis : é um evidente exemplo de que a vida das pessoas humildes, no seu mundo do dia-a-dia, podem ter um significado respeitoso e elevado. O nascimento de Jesus Cristo é marcado por uma constelação de astros extremamente rara e significativa, uma conjunção, uma união dos planetas Júpiter e Saturno, de modo que os cientistas-astrônomos da época, a saber : os reis Magos, Gaspar, Belchior e Baltazar, que são guiados por essa imensa estrela, até a manjedoura, e entrega-lhes as oferendas, o incenso, ouro e  mirra ( resina vegetal de cheiro adocicado)  Ele  e a sua família,  sofrem todas as implacáveis perseguições possíveis, começando por Herodes, então conquistador e preposto do Cesar. Em certo momento, mandou assassinar todas as crianças, na esperança criminosa, que uma dessas crianças poderia ser o Messias, que segundo o Roma, poderia modificar o "status quo" ora vigente. Diante desse fato, a família sagrada foge para o Egito. Jesus Cristo, inicia a prática de um série de milagres, como por exemplo, ele expulsa os vendilhões do templo, cura um paralítico, ressuscita Lázaro, e, quando nas Bodas de Caná, ao acabar o vinho, providencia a imediata reposição do estoque. Acalma as tempestades, exorcisa alguns demônios barulhentos, do corpo de um louco, e os transfere a uma manada de porcos, que, na seqüência, cometem um suicídio coletivo. E caminha  sobre as águas. Jesus Cristo é batizado no rio Jordão, pelo politizado profeta João Batista, e quando tal aconteceu o ceú se abriu e uma pomba pousou...e uma voz proclamou : “ És o meu filho amado, com quem sinto alegria “. E o Messias reuniu uma dúzia de seguidores à sua volta, e passou-lhes mensagens.  Eram os irmãos : Pedro e André, e Jacó, João, eram todos pescadores. Mateus, um cobrador de impostos, Felipe, Bartolomeu, Tadeu e Simão e o outro Jacó, Tomé, mais tarde foi chamado de incrédulo. E por último, J u d a s  I s c a r i o t i s. Os fariseus, ou melhor, osjudeus radicais, esperavam um messias, que eles pudessem controlar os seus atos e atitude.  Essa esperança tornou-se uma obsessão para os judeus, e passou a ser  a principal bandeira do partido dos fariseus. Eles não podiam permitir dentro dessa intransigência, que um pobre peregrino, no caso Jesus Cristo se autodenominasse. Então, armou-se uma urdida intriga política, e os sumos sacerdotes judeus, enviaram espiões para provocá-lo nas reuniões. .Os espiões infiltrados, maliciosamente, perguntaram ao Filho de Deus : “És a favor em pagarmos impostos aos sujos romanos ? “ E Jesus Cristo, percebendo o ardil , tomou a moeda com a efígie de César, olhou-a.  e disse: Daí a César o que é de César,  e virou a moeda do outro lado,  e afirmou : E a Deus o que é de Deus. E assim livrou-se do drama de tornar-se alvo dos judeus e dos romanos.Nessa resposta, baseia-se o cristianismo nos tempos atuais, sobre o relacionamento entre a Igreja e o Estado. Na Santa Ceia - Jesus Cristo - para facilitar as coisas para os judeus-ortodoxos, resolveu ir a Jerusalém para Páscoa judaica, conhecida como Pessach. Era um local perigoso para Jesus Cristo freqüentar.  Estava correndo risco de vida.  Mas o Messias não se intimidou e seguiu o seu destino. Ao entrar na cidade de Jerusalém, tornou-se um enorme triunfo popular. Converteu a Santa Ceia em memória ao êxodo do Egito, em um ritual no qual ele mesmo é a vítima : o vinho é o seu sangue, e o pão seu corpo. Ele substituiu a lembrança do êxodo por esse ritual, do seu próprio sacrifício. Jesus Cristo pressentia a morte. A Santa Ceia, fornece uma dramática idéia de traição: “Um de vós me trairá “ diz Jesus.Todos ficam estupeafatos.  Mas como ? Quem faria isso ? Murmuram todos.  Aquele a quem darei agora um pedaço de pão, me trairá “ Diz Jesus, dando um pedaço de pão a Judas Iscariotis. Jesus fica vagando entre as oliveiras, insone, com os seus pressentimentos sombrios, sendo que os seus seguidores, que ainda não são apóstolos, não ficaram solidários na angustia de Jesus Cristo, e todos foram dormir...Nesse meio tempo, chega a polícia secreta de Poncio Pilatos, e Judas Iscariotis, numa combinação com a guarda romana, beija Jesus Cristo na face. Essa  é a senha para identificá-lo diante dos militares.  Judas  é remunerado com fartas moedas por ter alcaguetado Jesus Cristo. Pedro é o único que enfrenta os policiais e corta a orelha de um deles. Os demais fogem apavorados, numa atitude covarde. Os sumos sacerdotes judeus torturaram Jesus Cristo e o submete a um ferrenho interrogatório. Depois de um   injusto julgamento, o consideram culpado por sacrilégio. Os judeus entregam Jesus Cristo ao seu aliado,  Poncio Pilatos, e também o acusam de agitação contra os romanos, bem como,  um comportamento prejudicial ao partido majoritário, e de manchar os ideais do povo por ter alegado, ser o rei dos judeus.  E Poncio Pilatos,  pergunta-Lhe : Tudo isso é verdade ? E Cristo lhe responde : Sim, o meu reino não é deste mundo. Um louco inofensivo, diz Poncio Pilato. E como a sua manicure acaba de lhe trazer uma bacia d’água, para refrescar-lhes as mãos, disse : Lavo as minhas mãos na inocência. De acordo com os costumes,o povo poderia escolher um dos condenados, para livrar Cristo da morte,e então Poncio Pilatos, apresentou  a proposta, a um público  de maioria judaica, para escolherem entre o inofensivo Jesus Cristo, e um criminoso de alta periculosidade, de nome Barrabás. E os judeus votaram para libertar Barrabás. E Jesus Cristo foi morto na cruz , e pronunciou as suas sete últimas frases, antes de subir aos céus. Eí-las:
A primeira frase do Cristo na cruz agonizante, clama pelo perdão, o perdão é a essência do cristianismo, sem perdão não há paz na terra. E Jesus Cristo disse : Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Na segunda afirmativa, Cristo nada pede a Deus-Pai. Também não lhe pede que se arrependa,  por tudo que aconteceu...e espera que seja aceita a sua sorte. Hoje, não amanhã. O paraíso não é para amanhã . A vida é o eterno presente de cada um de nós. E assim falou Jesus Cristo: .Em verdade lhe digo que hoje estarás comigo no Paraíso.  A terceira sentença, eis uma interpretação mais atual,  licença para dizer-lhes, é o fundamental valor humano, quando diz : Mulher, eis aí o teu filho ! É o valor humano gritando mais alto.  O valor humano de Jesus,  era para a sua mãe. E o valor humano de João que Jesus Cristo lhe passa, é para ficar com a sua mãe, Maria. João era órfão de mãe. Não se pode viver sem mãe. A ti João, que foste meu discípulo amado, dou-te agora a tua mãe, para teres uma vida plena .Não se pode viver sem mãe,sem amor. Jesus propõe a Maria sua mãe, que perfilhe-o.  Que grandeza de alma nessa nobre atitude. E Jesus Cristo, se dirige a João e a sua mãe Maria e fala: Mulher, eis aí teu filho. E a quarta palavra de Jesus Cristo : Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste. Jesus é um homem pleno, completo e divinizado. Esse é um clamor de angustia. Sente que fracassou na sua missão, e revela a profundeza do seu coração com essas palavras. É um caminho de realização da divinização, da infinidade dentro de cada um de nós, em sermos um pouco Ele, e por isso nenhum homem será feliz, senão descobrir esse núcleo infinito que bate no seu coração, - um núcleo infinito- que só é realizado em parte e muito imperfeitamente no amor, a quinta-essencia , a máxima do cristianismo. O quinto pronunciamento de Jesus Cristo, é repleto de humanismo e simplicidade, quando diz: tenho sede. Essa sede é física, fisiológica que significa o tormento da paixão. Ele teve sede e humanamente,  não teve nenhum constrangimento em dizer dessa necessidade.  A penúltima frase de Cristo na Cruz, ou seja a sexta frase, e assim falou : Está tudo consumado ! Tudo está feito ! Chegou ao fim. Eis a última e derradeira palavra : Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito.  Ao falar Pai, Jesus Cristo ultrapassa todo o desespero, e serenamente diz : .” entrego meu espírito “ Ele revela a sua personalidade única, que existe em cada um de nós. Entrega-se livremente : a liberdade é o máximo valor do homem...” .nas tuas mãos entrego meu espírito “ . Sentiu-se abandonado, e agora tenta dizer mais uma vez : Há algo superior em mim. O ser humano é divino, mas não é Deus. E  são passados vinte  séculos, e seus ensinamentos continuam a influenciar multidões em todo o mundo. Após a morte de Jesus Cristo, uma antiga prostituta, cujo o nome é Madalena, e duas outras mulheres retiram o cadáver da cruz e lavam-no, ungem-no e colocam-no no túmulo da família de um homem rico – Jose de Arimatéia – Em seguida fecham o túmulo com uma laje de pedra. Os sumos sacerdotes judeus, temiam que os seguidores de Cristo roubassem o corpo de Jesus Cristo e depois alegariam que o mesmo ressuscitou. E colocaram vigias junto ao seu túmulo. No entando, quando Maria e  Madalena chegaram  a sepultura de Jesus Cristo, e não o encontro. A cripta  estava vazia.  Perguntou-se a um jardineiro sobre o sumiço do corpo de Cristo, e assim respondeu : Maria ! Então ela reconheceu a voz de Cristo ressuscitado. Mais a frente apareceu para os discípulos entre os quais, Tomé, que teve que tocar nas suas recentes chagas, para ter a certeza de que era o Cristo ressuscitado.  Depois de catorze dias, reuniu seus apóstolos numa montanha e deu-lhes a incumbência de divulgar seus ensinamentos e desapareceu numa nuvem luminosa.  Esse foi o dia da ascensão. Aleluia.

Um comentário:

  1. Taí Braguinha ! Gostei. Beleza pura ! Fiel ao Texto Sagrado
    Aquele abraço
    Tenho enviado emails para você e eles voltam endereço inexistente. Você tem algum outro endereço ? Ou desistiu de emails ? Ou dos meus emails Hahaha
    Um abraço do Olimpio Barreto

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