16 de janeiro de 2020

Teresa Fenix 56a.parte

O marinheiro helênico não debitava os contratempos vivenciados como ausência de sorte. Acolhia essas experiências como acréscimos no conhecimento dele, parecia ter uma razoável capacidade cognitiva na absorção dos fatos cotidianos. Talvez por ter conceituado alguns desvios  da existência humana, facilitavam a capacidade dele  na compreensão e na difusão(quando necessária) dos eventos envolvidos. Continuava vaticinando  uma das  máximas gregas: conhece-te a ti mesmo, e conhecerás o universos e os deuses (Sócrates 400 a.C). E assim caminhava  pelas veredas tropicais, de um pequeno município perdido, como tantos outros abaixo da linha equatorial, cujo  IDH (índíce do desenvolvimento humano)  é dos mais baixos, igual ao distrito boliviano El Palmar del Oratorio. O grego  adquiriu o hábito gastronômico, de comer moqueca de  peixe à moda indígena (das tribos puris ou botocudos) ou seja, o cozimento na  panela de barro acompanhado de banana da terra, e pimenta malagueta. Ele entendia que quaisquer tipos de molhos, não deveriam anular o gosto do prato principal. Por isso, não apreciava a pimenta picante. E o pimentão autoritário, nunca foi tempero original da moqueca. Todas essas novidades deixam o grego encantado com a cultura brasileira. E por último tomou conhecimento da incrível   história  dos anos 1960,  de um assassino e estuprador, que a polícia, teve muitas dificuldades para detê-lo, pois a lenda,  pela oralidade, sabia-se  possuir uma poderosa oração, se transformava em cachorro e tocos.  "Não creio em bruxas, mas que elas existem, existem ".

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