17 de abril de 2018

Dona Ivone Lara


Maria Callas está para ópera, assim como    Dona Ivone Lara está para o samba. Sem receio de errar, o samba é a arte musical de maior expressão da cultura brasileira. Dona significa no simbolismo cultural, como se fosse Dama ou Majestade, a sabedoria do sambista, não lhe permite ser narcisista, melhor dizendo “metido a besta”, em nominar Ivone Lara de majestade ou dama do samba, em vida. No Império Serrano, que é uma das   academias do Samba, onde Dona Ivone Lara é considerada uma  compositora de altíssimo prestígio, e um invejável acervo musical de sambas de raiz  que já está no inconsciente coletivo  do povo brasileiro. Gravou o primeiro disco em 1970, através de Sargenteli e Adelzon Alves. Dona Ivone Lara nasceu em Botafogo, no Rio de Janeiro há 97 anos. Teve aulas de canto com Lucília Villa-Lobos, esposa do compositor Heitor Villa-Lobos, que  elogiava a voz dessa sambista. Foi atriz no Sitio do Pica Pau Amarelo, no papel de Tia Anastácia. Freqüentou a  Serrinha em Madureira, berço do jongo, que é a semente do samba.  Naquela ocasião conheceu os compositores Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira,  ambos ícones do samba. Dona Ivone Lara viajou ao espaço sideral para ser  a sexagésima estrela da Constelação de  Andrômeda,  a partir de  16 de abril de 2018, por decisão de todos os orixás.

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