24 de março de 2015

O filhote do "pássaro mascarado"

Lá pelas quatro horas  da manhã, quando o dia envergonhado e suavemente tenta  raiar no espaço sideral, eis  que sob uma  frondosa  mangueira, produtora da saborosa manga-espada, uma avezita emitia um regorgeado tímido, e no final ouvia-se um leve trinado, pois ainda não dobrava o cântico, em se tratando de um filhote do pássaro mascarado: o  bem-te-vi. De repente adentram ao concierto a cambaxirra e a rolinha, ambas ruflando e harmonizam o ambiente lúdico-melômano. E por fim surge outro parceiro o - canarinho-da-terra -   chilreando por demais. Mas  eis que de repente o pássaro mascarado numa aterrissagem perfeita, chega para socorrer o filhote,  trazendo-lhe  no bico uma minhoca para  alimentar  o passarinho-rebento. Daí o sol mais intenso toma conta da manhã,  e a pequena camerata  se desfaz, quiçá prometendo voltar numa próxima oportunidade.

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