Lá pelas quatro horas da manhã, quando o dia envergonhado e suavemente tenta raiar no espaço
sideral, eis que sob uma frondosa
mangueira, produtora da saborosa manga-espada, uma avezita emitia um regorgeado tímido, e no final ouvia-se um leve trinado, pois ainda não dobrava o cântico, em se
tratando de um filhote do pássaro
mascarado: o bem-te-vi. De repente adentram ao concierto a
cambaxirra e a rolinha, ambas ruflando e harmonizam o ambiente lúdico-melômano. E por fim surge
outro parceiro o - canarinho-da-terra - chilreando por demais. Mas eis que de repente o pássaro
mascarado numa aterrissagem perfeita, chega para socorrer o filhote, trazendo-lhe no bico uma minhoca para alimentar o passarinho-rebento. Daí o sol mais intenso
toma conta da manhã, e a pequena camerata se desfaz, quiçá prometendo voltar numa
próxima oportunidade.
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