Discorrer sobre a felicidade, é das tarefas a mais complexa. Talvez seja mais prudente recolher-se ao tugúrio, e não se pronunciar
sobre o tema. Narrar sobre isso, ou as misérias humanas, são matérias desconfortáveis, sem falar do amor com os seus
códigos e enigmas. Se existem esses enigmas, se remete
ao velho aforisma místico e ibérico: “Jo
no creo en las brujas, pero que las hay, hay". Há uma necessidade de se apegar
sempre a algo para mitigar as carências. Alguns se conectam a religião, doutrina, seita, sociedade
secretas e atualmente, uma pequeníssima parcela
da juventude, se alia aos movimentos radicais armados. Há
também a aliança com os pequenos animais, como gato, cachorro e pássaro. Há todos os esportes, e todas as artes
disponíveis para serem abraçadas. E os colecionadores desde chaveiros até aos
filatelistas. Há também os andarilhos, verdadeiros tuaregues embrenhados pelas estradas afora. Há os que singram os
mares. E os aeronautas que vivem sob as turbulências vespertinas. Se registra os ermitões urbanos (que aumentam) e que são
parte da estatística, que optam pela boa
vida na casa dos pais, e não se preocupam com o casamento. Os ermitões rurais estão surgindo gradualmente, e timidamente defendem o meio ambiente. Aqui no Malecón, a última notícia é que a
solidariedade humana a cada dia mais escassa.
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