A coruja, mal compreendida, todavia desde a antiguidade já fazia sucesso. Era a ave da deusa
Atena ( Minerva) símbolo da inteligência
racional. Ela é notívaga, convive somente com a noite. Ela é tão somente lunar
, e percebe a luz da lua por reflexo. Talvez, seja por isso, que a coruja é tradicionalmente o atributo dos
adivinhos: simboliza o seu dom de clarividência, contudo é através dos signos,
por eles interpretados. “ A coruja , ave de Atena simboliza a reflexão que
domina as trevas”(BAGE, 108). Segundo a lenda a coruja é o avatar das noites e
da chuva. Em algumas línguas latinas, designa a coruja, como mulher bonita, e
ave de bom augúrio. As espécies de
corujas são diversas. Tive um bom amigo, um homem por demais inteligente, que possuía
algumas estatuetas de corujas, entre os
livros dele, e dizia-me, que a coruja é sabia, e o inspirava. Eis o seu nome: Artur
da Távola. Por aqui, na terra brasilis, dentre as strigiformes - nome científico da coruja - destaca-se a coruja-com- orelhas(foto). Elas vivem na orla das
matas e também nas cidades, e se alimentam de grandes insetos. Minimalista, aproveita os ninhos
abandonados de outras aves, e se estabelecem.
A outra, é a coruja-latideira, e por último, o caburezinho, “meio que canibal”, pois tem como hábito se
alimentar dos sanhaços( mesmo com toda a destreza
desse pássaro, é inevitavelmente capturado), e os pardais ( que vieram de Portugal, tanto quanto a
sífilis), rãs, lagartixas e pasmem: pequenas cobras. Acho que o caburezinho,
mesmo no diminutivo para mitigar o “canibalismo” dele, creio ser uma
sub-coruja. Com bico afiado, caburezinho, degola os passarinhos. Na infância, quando se ouvia a coruja piar, pela fidelidade à crença, os chinelos era virados, com o solado para cima. Por vezes a coruja se calava, outras não. A estética da coruja é a
elegância e o construtivo silêncio, fazem-na uma ave, cuja a origem se conecta ao mítico e ao místico, desde longevos séculos.
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