17 de dezembro de 2013
Rua da Serra Parte II
Porque Plínio Roberto Menditi se tornou botafoguense? A calle de la Sierra, é legitimamente antológica, com gente de ascendência estrangeira, e eles foram fundadores da cidade, como Chakibe Said Tomé, enquanto em vida, foi um abnegado torcedor do Botafogo, e frequentador das matinées do então Cine São José, fundado em 1953, tendo a frente o inesquecível diretor/empreendedor - José Maria de Oliveira -. Chakibe era vizinho do Seu Carlindo pai de Plínio, que lhe presenteou com uma linda camisa do Glorioso, e desde então, um torcedor alvi-negro de carteirinha. Cirilo, católico praticante por demais, era também sirio-libanes e primo de Chakibe, e foi dono de uma casa de tecidos. Dos seus rebentos: Eudes, Antonio e Gonzaga. Ao lado o elegante Jaildo, então agente ferroviário, e usuário de ternos de um tecido da moda conhecido como Panamá, todos bem cortados, quase sempre na cor branca. E não tem como esquecer do ex-prefeito Darcy Francisco Pires e e filhos, tal como Paulinho, Getulio, Volmar, Marisa, Cacau e Helenice. Ele foi um prefeito de todos, como recomenda a práxis democrática. Antonio Coquinho, o terceiro mestre da alfaiataria dentre os demais. . Enedino Glória, e tio da atriz Darlene, a qual dispensa comentários, e que passava as férias na casa dos tios dela. Enedino Glória pai de Antero e José Glória, eram ambos evangélicos, com o templo ao lado. O sereno Paissanti tocava uma loja de móveis, sua filha se chama Itajaci. E os Belotti? O patriarca Alexandre, com o seu inseparável cigarro-de-palha. Silvio, Lourdes, e Silvia uma doce de pessoa, e minha mãe de leite....e tantos outros. Certa ocasião no Rio de Janeiro, numa reunião, abordei o então presidente da Petrobras - Paulo Belloti - e resolvi inquirir-lhe sobre os Belotti, e ele respondeu-me assim: Como vai o meu primo Alexandre? De frente a casa do João da Biquinha, residia o José, gerente da legendária Casas Franklin, com os filhos José Maria, José Antonio e Plininho e Zezé casada com o Carlito Velasque, outrora grande craque do Independente Atlético Clube. José Antonio participou do encontro dos mimosenses na Estação do Largo do Machado. Quase na esquina, Braulio Luciano, professor dos mais inteligentes, casado com Amélia Braga, e filhos, a saber: Rosali, Batista, Ademir e Rosilea... a sua casa, era frequentada pela Gimiana, afrodescendente, forte feito um mourão. Na esquina, Lilico( Hércules Paiva) e Juraci Luciano Paiva, irmã de Braulio Luciano, e filhos, como Chiquinho, Leninha, Zezé Tachinha ( fazia "contas de cabeça", igual a um computador) e Fernando Pirata. . Na outra esquina Valdemiro Itaborai, que dificilmente sorria, com sua padaria. Outra barbearia era da dupla Pianti e Almeral, e de parede-meia, Valadão com uma fita métrica entrelaçada no pescoço, era mais oficial da indumnetária. Eis os irmãos Venturini, sendo a primeira casa, era o sobrado do Valério, e embaixo a oficina de bicicleta do José Guedes. Em seguida Antenor, José, Maria e Dona Catarina, matriarca da família de origem sanmarinense, e por último chegou o Mário Venturini, creio ter sido, o mais velho, dentre todos. Ao lado da casa do Clarindo Vivas era a Sapataria do Machado, meu querido pai, que tocou saxofone na Corporação Musical Lira de São José. E seus amigos, que foram seus auxiliares: Adelton, André Porto, Celino, Marino, Batista(Piaba) e outros bardos, e as vezes aparecia o craque Heraldo, retornando das costumeiras viagens. Alipio Barcelos era lusitano, ora pois, pois e sua esposa Carmem veio da Espanha de Pablo Picasso. (Permissão para uma pequena estória: Na perua-van, estavam Lars Gräel, e o Geraldo Alckmin, e outros num traslado do Santos Dumont ate ao centro do Rio de Janeiro. Em dado momento perguntei ao Lars Gräel, se já tinha ouvido alguém falar sobre Mimosodo Sul. Então, respondeu-me , suavemente que não. Dando prosseguimento ao diálogo, disse-lhe que João Alipio, havia nascido nessa cidade. E de pronto afirmou, que João Alipio salvou-lhe a vida, quando sofreu um grave acidente em Vitória. Ele é neto do lusitano acima citado). A pensão Rex, do Fefeu e Iracema, e seu filho José...ou Zezé Fragosa, e um pequeno chimpanzé fazia um imenso sucesso. Dedé Guarçoni, cujo o nome de batismo era João Nicolau, casado com Altina, e os filhos, Zezito, Aparecida e Otávio. Jerônimo Abreu Oliveira, filho do Otávio, com o seu delicioso sorvete de côco, era casado com Creuza Abreu, de origem sãopedrense. No meu sonho de juventude, imaginava ser esse Jerônimo, próximo ou igual, ao Jerônimo, "o heroi do sertão", que foi uma radionovela, tipo faroeste transmitido pela legendária Rádio Nacional. E Alberto, que consertava sombrinhas e guarda-chuvas, e vendia bananas, eram muitas bananas... ele estava sempre a assoviar acordes inteligíveis. E ao lado, o hermético Samuel, de origem judaica, que na sua perua preta transportava as joias de puro ouro e as vendia. Soube, por uma coincidência, que ao falar com o amigo José Frejat (pai do músico dos Titãs) numa solta conversa, lhe informei ser de Mimoso do Sul, então ele comentou que tinha sido advogado do espólio do mesmo Samuel, que legou seus bens para uma sobrinha dele, operária numa fábrica, nos Estados Unidos.
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