22 de junho de 2013

A agenda nacional mudou



No dia 20 de junho de 2013, o Brasil desde o impeachment do Collor em 1992, não se registrava manifestação popular com 1,2 milhões de participantes, sendo que o Rio, colaborou com trezentos mil pessoas, que protestaram na larga avenida Presidente Vargas, no centro dessa cidade. Um movimento sem liderança, em nítido confronto com os postulados marxistas-leninistas, que preconizava, que movimento sem comando e sem propostas concretas, não leva a nada. Há controvérsias. O movimento foi "organizado" pelas redes sociais disponíveis na internet, com a ausência total de líderes carismáticos e/ou similares. A manifestação estava sob o manto apartidário. Não havia entidade de classe, ong ou partidária enquanto atores do evento. O mote foi o aumento da tarifa do transporte, com o qual os estudantes, da legendária USP, tomaram à vanguarda. Eles pertencem ao MPL - Movimento do Passe Livre - e segundo o jornalista Merval Pereira, publicou n'O Globo de 23/06/2013, que o movimento tem inspiração na esquerda radical. O MPL, perdeu o controle, e declararam que houve infiltração de "conservadores" no movimento. Eis alguns exemplos contraditórios: O MPL não condenou os vândalos, e foram contra a expulsão dos petistas na manifestação. O MPL perdeu o controle do movimento nacionalmente. A classe politica ficou atônita, pois foi atropelada pelos fatos. Aliás o povo está anos-luz à frente de todas as instituições da sociedade civil. A pauta de reivindicações dirigida ao poder público, felizmente transcendeu ao protesto do reajuste das passagens. Protestou-se contra o descaso, em respeito aos mínimos direitos dos cidadãos, desde o atendimento nas filas dos hospitais públicos, até a proposta do governo federal, da PEC 37 - Projeto de Emenda Constitucional - que retira poderes investigativos do Ministério Público, e a corrupção que gerou volumoso processo no Supremo Tribunal Federal, que julgou e condenou os "mensaleiros", os quais possuem a perspectiva de não serem recolhidos ao respectivo presidio. As autoridades por dever cívico, deveriam assumir a sua "mea culpa", e proceder a reforma política, e punir àqueles que dilapidam o bem público. Inclusive, investigar a variação patrimonial nos últimos anos, do ex-presidente Lula, e todos os demais suspeitos. A saúde e a educação, devem carrear verbas compatíveis com necessidade da população. Os valores nas reformas dos estádios, não indicam que o governo seja sensível quanto a saúde, e muito menos quanto a educação. Universidade pública continua sendo dos "riquinhos". O protesto poderá se repetir - quiçá reforçado pela classe "c", que aplaude, mas ainda não participa - caso o governo-paquiderme, continuar olhando somente para o seu próprio umbigo. O jornal a Folha de São Paulo procedeu uma pesquisa entre os manifestantes, que assim se pronunciaram, na escolha do candidato(a) a Presidencia da República: 30% Joaquim Barbosa, 22% Marina Silva e 10% Dilma Roussef. Cabe uma reflexão? ou não?





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