2 de dezembro de 2007

ARY DE SOUZA PINTO

Ele veio dos campos dos ferozes indios goitacazes, chegou por aqui após a revolução de 1930, pelas mãos de Antonio Barreto, pai da Professora Zéa Barreto, e irmão da professora Odilia Barreto (in-memorian). A carteira profissional do Ary, está assinada na data supracitada pelo então "patrão" Antonio Barreto, que abrindo um açougue em Mimoso, o Ary, foi seu auxiliar durante vários anos.
Ele constituiu familia, casando-se com a alagoana Judith Diniz Pinto, e teve tres varões, a saber: Luiz Carlos nascido em São Fidelis, pela circunstância, recebeu esse nome em homenagem ao Cavaleiro da Esperança - Capitão do Exército Luiz Carlos Prestes - a pedido da parteira, Dona Cidália, admiradora do então Capitão. O segundo filho foi Ary Pinto Filho ( in memorian ) e depois Francisco José Pinto, popularmente conhecido como Xyko Pinto. E muitos netos e netas.
De todas as boas característica do Ary,uma solta aos olhos. Já naquela época ele praticava a solidariedade direcionada aos despossuídos, a sua casa agasalhava pessoas carentes, ensinando-lhes a cidadania através do trabalho.
Veio também consigo seu querido sobrinho Jorge de Souza Pinto, (in memorian), Zelito meu contemporaneo infanto-juvenil, os irmãos Afonso e Afranio (filhos do seu compadre Ivo Felizardo. José Carlos Lima (filha da D.Vanja, irmão de Djalma Lima e Carli Lima D'Aguia, que foi casada com o craque do Ypiranga - Helio D'Aguia. Nésio filho do Adão e irmão materno de Zelito, Quarentinha filho de Lourdes que foi casada com o grego Prof. Pitaco, e + o Biriba irmão de Quarentinha... e outros.
Essa era a ONG de Ary de Souza Pinto. Mesmo sabendo ou não sabendo, dos mistérios e desígnios transcendentais,em algum justo lugar ele deve estar. Ele foi o primeiro leiloeiro de Mimoso do Sul, ajudou sobremaneira a Igreja de S. José Operário. Discordava de algumas regras ortodoxas implantadas pelos padres estrangeiros, oriundos da Ordem do Sagrado Coração de Jesus, eram holandeses, vieram das terras das tulipas, moinhos e vacas, e conseqüentemente Ary, sob protesto silencioso não freqüentava a Igreja, só voltou a freqüentá-la após a partida dos padres estrangeiros.
Ary de Souza Pinto era um cidadão, por assim dizer de opinião clara e inequívoca, porém as suas convicções não o impediam de ajudar a comunidade nas suas necessidades místicas e ou míticas, enquanto leiloeiro, transformava a sua voz, igual a de um Pavarotti, pois muitas das vezes sem microfone, bradava em alto em bom som os produtos a serem vendidos para ajudar a Igreja. Cuidava além da responsabilidade na qualidade de proprietário do Açougue Nossa Senhora das Graças, patrocinava o Conjunto (musical) São João, sob a direção de João Fernandes de Souza - um genuíno animador cultural - mais conhecido como - João da Biquinha - (pois morou próximo a Usina Hidrelétrica da Aparecida, junto a uma pequena nascente, bica, biquinha. Essa informação é do decano Joacir Bicalho. João-da-Biquinha era vizinho do Ary, pois o seu Bar, São João era ao lado do Açougue Nossa Senhora das Graças. Notem que João era um nome muito prestigiado. Nesse Bar São João, de vez quando era frequentado, pelo locutor, diretor e produtor da ZYO 26, nosso amigo, e famoso radialista Hilton Abi-Rihan, que preferia como tira-gosto: linguiça-de-porco flambada e para molhar a palavra, uma boa aguardente. Seus amigos inseparáveis, tais como: Silvio Belotti, Braulio Luciano, e o seu compadre Zé Russo) essa trupe são precursoras anônimas das atuais pegadinhas na TV brasileira, pois armavam "pegadinhas" espetaculares. As fontes, além das populares, muitas me chegaram através do Luiz Carlos e seu irmão Xiko Pinto, ambos são bons memorialistas.

Gilberto Braga Braguinha Machado

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