Na praça central da vetusta  Mimoso do Sul(ES), desembocam diversas
ruas, e uma  delas é a rua do Quartel, atual Presidente Vargas. Da esquina da rua Vasco
 Fernandes Coutinho –  prestigiando o donatário incompetente
da capitania do Espírito Santo, pois somente São Vicente e Piratininga, 
prosperaram –  se eu fosse rei     homenagearia -   anulando a rua Vasco  Coutinho -  e modificaria para Rua 
Narciso Zigoni. Ele foi um eletricitário que com sabedoria,  retornava a energia quando ocorriam  descargas elétricas avariando os transformadores. Ligava e desligava diariamente as
luzes na subestação (vizinha da sua própria casa). Ou seja, estava sempre de sobreaviso, graciosamente.  Em frente a
essa mesma residência -  a  coiffeur -  Mulatinha, que produzia  milagres
  cuidando da estética das moçoilas e senhoras.  Mãe de muitos filhos, contudo o
mais popular foi Brunzinho – Domingos Brum – que namorou Lourdes Fontanella,
mas casou-se para sempre com Isolina. O tenente Anésio ( herói da Segunda Guerra 1939-1945)  me faz rememorar o Cuca, Sândalo, Cauby, Araí, Itu e as meninas. Eram bons camaradas nas farras possíveis no espaço e no tempo.   Ciro Nogueira e Tereza tendo à frente o primogênito  Nogueira,  sábio
e simples, e os irmãos Rogério (Louro) José Carlos (Zebu) e Regina. De frente para os Nogueira, o Zezinho dentista, com muitos filhos, e me lembro da Rosa Castro, pois estudamos na única instituição pública de segundo grau, da cidade. Ainda na
mesma rua, o meu colega dos bancos escolares – Manoel -  filho de Maneco Miranda, e filhos(as), como a  Maria Teresa, Sérgio Puxada e Ângela. Turene e
Jussara Cysne, o pai Cleval, e a mãe a abnegada Abgail Cysne.  O vizinho Satamini,  no quintal uma fruta
quase desaparecida -  o tamarino -  e ao lado a residência do ypiranguista Primo Netto e Zoraide professora de escol, e filhos
da magnitude do meu amigo Ricardo, Luis Henrique, Lucinha casada com Giovani,
Beatriz, Denise e Geisa.  Mestra Lenira Cysne
casada com William Cheibub,  com os filhos Klinger Cheibub e Eubéa. Miquita esposa do Deputado Evaldo Ribeiro de Castro, pai da bonita Edila e prima da Marilinha e Marilane.  O casal José Lopes e Nair Campelo Lopes, e filhas: Rayra, Mariceli, Marluce e Marici. 
Vanda e Weston Moreira, pais de Eliane de boa lembrança, com quem estudei parcos anos no Colégio
Estadual Mons. Elias Tommasi.  Maria Cristina,
era a Kiki,  de convivência maior no
aprendizado formal. Kátia do Moreno, participava dos jogos de vôlei na área
interna da agência do Banco do Brasil. Era uma turma animada. No sobrado esquina com a Ladeira da
Igualdade – indicação da rua que conduz ao cemitério local - Paulo Alberto - Artur da Távola -
dizia ter sido essa escolha  uma  indicação filosoficamente correta.   Stela Tugnoli morava no grande sobrado, como  irmão Demétrio.  Em frente o Cine Teatro São José (inaugurado em 1953), com
220 lugares originalmente. Na esquina à direita em frente  à Arca de Noé –  leia-se Michel, Jorge e Demétrio –  o Bar Santa Terezinha do Antonio Velasque, pai do craque do Independente Atlético Clube,  o 
professor Carlito Velasque, Marlene, Lucia e  avô do Professor Diógenes, casado com Mara. Os
Noé eram irmãos de origem sírio e libanesa. Foram comerciantes que interagiam com
sociedade, apoiando as manifestações desde o carnaval  ao futebol. O Bar
Guarani  na parede frontal, na parte de cima,  havia um grande relógio, e uma estatueta de madeira  de um cacique Puri) esse bar era do Idalécio Balzana que vive em Macaé(RJ). Na parte de cima do Bar o Hotel Guarani como se fosse o Waldorf Astoria de Nova York, que hospedou John William Breen Jr, um texano de Houston que trabalhava pela Aliança para o Progresso (Peace Corps) programa do governo do J.F.Kennedy ( 1917/1963). Um gringo muito  legal, no violão Goya  tocava bossa-nova.   
O Ponto Chic inaugurado pelo Primo Neto,  foi de vários proprietários,  a memória alcança o Brunzinho na
gerência do Ponto Chic que depois foi rebatizado de Estoril. Na parte de trás do bar,  numa távola redonda e coberto pelo tradicional pano verde,  comia solto o carteado.  E o bizarro Pouco Roupa, como contra regra.  A Casa Leão dos irmãos
Salomão, de ascendência judaica, pai e tio do Frazé, hoje morador em Marataízes(ES). O legendário bar do Otávio
Oliveira, chegado das terras itabapoenses,  irmão de Nair Oliveira Pessanha, casada com o Zin  Pessanha, pai de
Wilson que teve como esposa Elcy, que geraram Rogério e Valéria. Rogério é terrantês emprestado do  pintor  impressionista  Van Gogh.  Há décadas dedilha com maestria o violão brasileiro - nas terras das mais belas tulipas europeias -  sob a direção de  Isabel. Otávio foi
casado com a são pedrense  Creuza Abreu, pais do inesquecível Jarbas Abreu de Oliveira cujo o enlace
se deu com Leatrice. O melhor sorvete era do Otávio, mas creio que era a esposa
Creuza que elaborava os mesmos. Acrescentam-se o  Jerônimo, João Ratão e Sergio ou Capitão.  O sorvete  de coco, o mais saboroso. Otávio teve um
empregado que foi transferido  com armas e bagagens para o bar do  popular Jarbas,  conhecido pela alcunha de – Eli  figo inchado –  que viveu por longos
anos. Plínio Araújo era gentil, contudo mantinha  distância diplomática dos fregueses O
empório dele era sortido, e disponibilizava caderno, borracha, lápis e caneta,
material de construção e apetrechos. De Lourdes, esposa do Plínio Araújo,  era discreta e elegante, 
tons predominantes  nos  Abreu. Se me permitem,  na exegese por mim praticada, a inteligência metacognitiva mais apurada da família Abreu, o seu pertencimento vai em direção  ao Prefeito José Olímpio, isso não retira o brilhantismo da cientista política Zoila Abreu.  
 
