9 de novembro de 2021

Marília Mendonça

Não encontrei  no dicionário  Caldas Aulete, o substantivo sofrência,  com quase toda certeza, poderá se tratar de um neologismo. Esse era o estilo poético-musical da compositora e cantora, Marília Mendonça, recentemente morta num fatal desastre aéreo.  Uma artista de um imenso  sucesso, principalmente entre as mulheres, pois  reverberava o sofrimento das mulheres nos conflitos existenciais, onde a mulher quase sempre é vítima de promessas e infidelidades cometidas pelos homens. Marília dava voz e conforto a essas mulheres. Numa  linguagem mais moderna, Marília Mendonça davam-lhes  “força interna” para minimizar o sofrimento em “trânsito”.  Um ou outro jornalista  de vocação midiática duvidosa, escreveram sobre o estado físico da artista. Que ela brigava com a balança. Isso é uma invasão a privacidade da compositora-cantora, e percuciente  desrespeito àqueles,  que não podem se defenderem, pois daqui já partiram.  Ela encontrava um sonoro eco naqueles amantes das suas mensagens. Partiu na precocidade, ou seja, na florescência da idade. No auge do sucesso, tal qual Janis Joplin.

 

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