2 de fevereiro de 2013

Tragédia gaucha

Estranho país...o querido Brasil continental, que já não é mais a sexta economia do mundo, tomou providencias numa dimensão quase nacional, e está a fiscalizar todas as casas de shows, teatros, cinemas, centros culturais e de convenções, quer da iniciativa privada, quer os aparelhos públicos. A fiscalização, igual a fênix, ressurge das cinzas, e os estabelecimentos estão sendo lacrados, por não atenderem as mínimas condições de segurança aos seus frequentadores. O acontecimento de uma tragédia que repercutiu no mundo inteiro, onde morreram cerca de duzentos e trinta e cinco jovens, numa boate que incendiou-se em Santa Maria, cidade universitária no Rio Grande do Sul, e cem deles, ainda internados nos hospitais. Desde então, o poder público estava no imobilismo, e agora diante do caos, parece sentir-se motivado, e nas grandes capitais, deu-se inicio a uma severa cobrança aos seus proprietários e/ou representantes dessas casas, para implantarem as medidas de segurança de acordo com as recomendações. Suspeita-se que as razões desse infortúnio são muitos, desde a idiotice de se produzir show pirotécnico dentro de um ambiente fechado, a corrupção entre as partes para não se cumprir algumas medidas de segurança, e pelo "vil metal" receber mais frequentadores do que a casa comportaria, e até na ausencia de tirocinio para não se construir as portas de emergencia, como rota de fuga. Para agravar, a morte ronda a juventude, que é a maior vítima dos acidentes nas vias urbanas e nas rodovias. Vidas são ceifadas no ápice da vida. O poder público, deve buscar medidas que pelo menos matem menos os nossos jovens. Implantar campanhas educativas na mídia e nas escolas, maior eficácia da policia rodoviária e melhoria nas estradas, e outras recomendações. Infelizmente não existe uma legislação federal para orientar na construção das casas de espetáculos. A ABNT – associação brasileira de normas técnicas – é uma instituição privada, que recomenda alguns procedimentos, e nada mais. Não tem força-de-lei. Normas, não são leis. Enquanto não se votar uma lei no Congresso Nacional, claudica-se aqui e acolá, torcendo para que essa tragédia não se repita no Brasil e nem em quaisquer outras partes do mundo. Há um aforisma verbalizado na zona rural, desse modo: "viver é jeito, morrer é descuido "