6 de agosto de 2013

Um papa da ordem dos jesuitas?



O Papa Francisco chefe da igreja católica, de inspiração judaico-cristã visitou recentemente o Brasil. Deixou no seu rastro fios condutores de esperança, por ter verbalizado corajosas idéias, num mundo conservador e a cada dia mais consumista. O povo vive na expectativa de dias melhores. E deposita nos seus ícones a capacidade em alavancar mudanças, preferencialmente estruturais. Há no ar além do desejo de transformação, um pueril entusiasmo quando escutam líderes da magnitude do Papa Francisco, Dalai Lama, Angela Merkel ou Barack Hussein Obama. O sumo sacerdote, afirmou que não trazia nem ouro e nem prata, era portador da emoção por ter trazido Jesus Cristo no coração dele. E mais à frente, interpretou, que é parte da juventude, a atitude do protesto, e "en passant" alfinetou os bispos, que não devem se sentir como príncipes. A primeira assertiva, traduz que a emoção da fé transcende a práxis de se acumular riqueza. Em segundo lugar, reconhece o direito de reivindicar, é um pressuposto inerente aos jovens. E por último, deu um “puxão nas orelhas” nos bispos que vivem encastelados e distantes dos fiéis. O Papa Francisco é um jesuíta, que inexoravelmente é a ordem religiosa mais culta e avançada da igreja católica. Não há hierarquia entre os membros da secular Companhia de Jesus, fundada pelo espanhol Inácio de Loyola. A sua representação no Vaticano, é de um Cardeal, por exigência do dogma. No passado era conhecido como o papa negro, pelo uso de paramentos de cor escura nos conclaves. Um papa com formação jesuítica, não agrada a “direita“ da instituição, tanto é fato, que me parece ser o primeiro prelado de inspiração inaciana, em toda a história da Santa Sé, a ocupar o cargo máximo. E para finalizar, se autodenominou de Francisco, o mais significativo paradigma da igreja católica, face ao despojamento pleno dos bens materiais.