Já se sabia na boca miúda que o comandante era ateu. Com certeza um curioso das atividades esotéricas, tal qual um amigo dele, cuja origem judaica, sendo russo da vertente esquenazi, que após longos anos em praticar a cabala( lado místico do judaísmo) resolveu frequentar os terreiros de religiões de matrizes africanas. O grego ficou intrigado, sobre o recado de Teresa Fênix, ao ameaçar em colocar o nome dele na boca do sapo, para fazer-lhe reatar com ela. Ele quis conhecer como se operava tal manobra para se produzir mal a alguém. Pesquisou exaustivamente pelas redes sociais, e depois foi ao encontro das poucas pessoas conhecidas, e ligadas a Umbanda ou ao Candomblé. Ouviu e anotou a história e a ritualística de ambas religiões. Todos àqueles depoentes o convidaram para participar de uma gira da Umbanda, onde se prevalece os pretos velhos, Maria Padilha e outras entidades. O experimentado marinheiro ouviu atentamente as orientações daqueles obás de plantão. Um deles afirmou ser ele médium de alta sensibilidade. Devendo desenvolver essa mediunidade, ou seja, lhe foi recomendado a frequentar terreiros. Ele nada dizia, era uma boa escuta, como devem ser os psicólogos mais eficazes. O comandante agradeceu gentilmente, o aprendizado transmitido de gerações em gerações, pela oralidade por homens que preservavam uma importante cultura oriunda da África. Nos momentos de reflexão, o homem do mar, preferia ouvir como sempre, a música Zorba o grego, e dançava.
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