Teresa Fênix engordou muito, mais do que esperava, e dizia para algumas amizades, atribuindo a ansiedade, que havia tomado-lhe conta. E se alimentava mais do que necessário. Parecia estar grávida. E passou a caminhar, como parte dos indivíduos ávidos a perderem peso, e melhorar a condição física, pelas ruas quase desertas da cidade. No inverno essa prática diminuía, principalmente quando a "chuva de horta" como falam os habitantes da região, molhava o uniforme, e o tênis encharcavam-se nas pequenas poças d'água. Assim era parte da rotina de Teresa Fênix. Sem contudo esquecer o seu comandante Nemo.Numa dessas caminhadas encontrou-se com Elza, ex-auxiliar doméstica do marinheiro. E travou-se um diálogo assim: Olá Teresa ! Oi (um oi seco) respondendo-lhe meio a contragosto, pois sempre desconfiou ser a Elza uma fofoqueira contra ela. Mas enganou-se. Afirmou-lhe que o comandante gostava muito dela. E desistiu, pela inconstância de Teresa de Fênix. O comandante dizia para Elza, que Teresa Fênix era apaixonada por um policial. Ela respondeu-lhe, que era verdade, todavia, há muito descurtiu o gendarme. E convocou a Elza para colaborar no canjerê para retornar aos braços do comandante. Elza era uma veterana mãe-de-santo do candomblé. Aliás toda família da Elza foi iniciada na religião de matriz africana, cuja a saudação é saravá !
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