1 de maio de 2017

Teresa Fênix 36a.parte

O deadline para se esquecer  os conflitos do afeto,  pode ser zero. O comandante helênico recebeu uma (in)esperada  ligação telefônica de Teresa Fênix. E nesse justo instante ao ouví-la pelo celular, o aborrecimento com Teresa Fênix estava cessado. O comandante não era um tipo prosaico. Possuía severas dúvidas. Baseado nos rudimentares conhecimentos da física, comungava da máxima: o tempo é uma ilusão.  Nas digressões dele, o binômio decisão e tempo não se integravam nas equações existenciais que abraçava com imenso fervor. Por isso acolheria Teresa Fênix. Imaginava haver um  denso fetiche nessa relação. Nesse telefonema disse-lhe que estava se caminhando a passos largos(literalmente) para a casa dele.  O grego a  esperava na porta do pequeno apartamento. Ela abriu os braços, e ato contínuo  entrelaçou-a longamente. Em sussurros,  segredou-lhe coisas da paixão do amor. O Comandante ficou lívido. E se sentiu um Humphrey Bogart no clássico filme - Casablanca - diante da sua  Grace Kelly,(há quem afirme que se apaixonaram durante as filmagens, foram beijos de um casal verdadeiramente enamorados). Teresa  Fênix e seu partner,  jantaram  durante duas noites seguidas. Com lampejos de dois pombinhos em lua de mel. Elaboraram projetos, e sonharam até uma viagem a Atenas e depois a ilha de Delos. O clima era de plena harmonia, até que Teresa Fênix foi a casa do pai, Zeca. Retornou depois de três dias. E voltou macambúzia. Não o chamou pelo celular,  conforme havia lhe prometido. O grego ficou bolado com o silêncio dela. Imaginou o pior. E resolveu chamá-la pelo telefone. E o prenúncio  dele se confirmou.

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