Estava a dirigir mon
petite voiture ( modesto, contudo valioso aprendizado de francês e ou inglês ministrados em colégio público no interior capixaba há anos) e diversas digressões iam e voltavam igual a um boomerang australiano, tomando por exemplo,
os costumes aqui na terra brasilis, tal qual o chapéu de aba curta usado pelo famoso sambista Zé Keti (1921/1999). O
dente encapado de ouro. Unha longa do dedo mindinho. Colar com São Jorge de bom tamanho, camisa semiaberta. Anéis em ambas mãos. Sapatos lustrados de duas cores. Cabelo cortado à moda príncipe Danilo. Calça branca e larga, de linho meio amassado. Ou os mais desleixado, calçando mocassim(sem salto) que pertencia a malandragem. No passado esse
tipo de pisante, era fácil de se retirar dos pés para se defender da navalhada desferida por uma Solingen, cujo fio é um dos melhores do mundo. As vezes o palito correndo celeremente de um
extremo ao outro da boca. Enfim são diversos gestuais praticados pelo povo de
origem ameríndia, europeia e ou africana. Hábitos cultivados pelo povo, não
merecem nenhum tipo de julgamento, ou crítica. A cultura é a referência maior de
uma nação. Billy Blanco, Bezerra da Silva, Moreira da Silva e Tom Jobim foram usuários de chapéus panamá, e de roupas alvas
e amarrotadas pelo uso. Pierre Trudeau ex-premier do Canadá apreciava receber
chefes de estado calçando sapatos brancos sem meia e blazer sem gravata. Toda essa etiqueta, de se usar terno e gravata a uma temperatura de quarenta graus centígrados à sombra, para se apresentar as autoridades, tem origem lusitana. Esse comportamental é originado em Portugal que se
considera até hoje, como se fosse uma sub-Inglaterra. Desde o traje passeio completo, e as tratativas
exageradas quer na escrita e na verbalização, quer na indumentária, está a copiar o país europeu
que mais invadiu o mundo E ainda dizem: God save the queen.
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