Ouço, Steve Wonder cantor dos melhores, também por ser negro, possue swing dos mais refinados. Superstição ou Superstition é a música a me embalar a construir narrativas literárias. Steve Wonder nasceu na grande nação norte-americana, cego por uma negligência hospitalar. O Jazz enquanto arte da cultura musical,de genoma africano, por certo será a sucessora da música dita clássica e/ou erudita, essa previsão me foi revelada há mais de 10 anos, pelo inteligente musicista Artur da Távola, do alto da sensibilidade norteadora das ações intelectuais dele. O samba faz parte dessa miscigenação musical. É o mesmo genoma, mesmo é o caldo cultural. A arte da música, é um antídoto dos mais elementares para humanidade, sem desmerecer as demais artes, como o teatro, literatura, artes plásticas, pintura, a Sétima Arte(cinema) e demais outras. Pode ser assim. Para suportar a classe dominante, criadora da sociedade de consumo, a receita dos poderosos, ainda em voga, é "pannis et circenses", desde o tempo dos 12 Césares. Recordando o sambista mangueirense - Nelson Sargento - numa frase lapidar: "o samba agoniza, mas não morre". Aliás a cultura para sobreviver, independe do insensível poder público.
25 de setembro de 2021
O samba agoniza, mas não morre.
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