Daniel não obedeceu a ordem castrense do Herr Gandelmann. Não passou a mínima preocupação na cabeça do Daniel Wojtyla, que o germânico pudesse matá-lo. Sempre armado com um inseparável revolver Smith Wesson, calibre 38, como de costume. Montado no cavalo baio, abriu a porteira, para seguir em frente, nas terras dos Gandelmann, (na época o único caminho para acessar a outra propriedade do Daniel) quando mais do que de repente, emboscado, levou um tiro nas costas. Ferido, revidou atirando no agressor que morreu na hora. O cavalo do Daniel foi morto também pelo assassino. No chão e ferido, foi atacado pela Dona Gertrudes, esposa do Gandelmann, que desferiu-lhe golpes fatais de facão, matando-o covardemente, sem direito à defesa. Meio século se passou, e certo dia, Dona Gertrudes, a cúmplice na morte de Daniel, após várias tentativas, se encontrou com a viúva de Daniel, que se chamava Abigail, que relutou várias vezes para não receber a co-autora desse crime. Pois se sentia segura, pelas informações veiculadas na época, por ter sido Gertrudes, assassina igual ao marido dela, na morte do Daniel. Na ocasião, Gertrudes pediu perdão a Abigail, que somente trocou meia dúzia de palavras com a visitante. O tempo mitiga alguns sentimentos medievais de vingança, contudo a memória muito das vezes, continua intacta até a morte.
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