Ela chegou dentro do tempo previsto, na casa do ex-amante. José do Egito, antigo colono e meeiro da fazenda a recebeu gentilmente. Maga Psicológica de pronto disse da imperiosa e urgentemente necessidade, de se falar com dono da propriedade rural. Sob o alpendre da casa bem conservada, sentou-se e sentiu uma ligeira tonteira. Em seguida, o ouviu nítido e altissonante, vociferar: Não falo com essa muié ! Manda ela ir embora. Assim falou o pai do Chefe. José do Egito ao chegar na varanda encontrou Maga Psicológica caída e estrebuchada, se debatendo no assoalho. José do Egito, iniciado no candomblé, fez-lhe uma oração. O dono das terras, chegou e afirmou que ela tinha incorporado a Pomba Gira, e que pertencia a umbanda, e considerada veterana e temida feiticeira. O colono José do Egito, falou firmemente ao patrão, não era nenhuma entidade do sincretismo de matriz africana. Ela precisava de um médico. Gradativamente ela foi recobrando os sentidos mais elementares, e pediu água com açúcar. Disse ao José do Egito, que teve uma crise hipoglicêmica, causada por forte impacto emocional. E que de outras vezes o mesmo havia lhe acontecido. Maga Psicológica estava vivendo o drama de contar ou não, ao fazendeiro, sobre o risco de vida que correria, caso não desse dinheiro para o filho presidiário. Os internos possuem redes organizadas de comparsas para executarem com frieza os desafetos.
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