Éolo, deus do vento, deu a Ulisses um alforje que guardava todos
os ventos. O deus que lhe presenteou, alertou-o que o bornal jamais deveria ser
aberto. Na tumultuada viagem marítima que empreendia, era um indicativo para chegar
seguro ao destino, a cidade de Ítaca. Penélope mulher dele, esperava por dez longos anos, segundo a
narrativa épica do escritor Homero no livro - Odisseia - que viveu 500 a.C. Durante o trajeto, num cochilo de Ulisses,
os marinheiros curiosos - na expectativa de encontrarem ouro - no alforje, o abriu.
O mar se revoltou e Ulisses voltou à estaca zero. A curiosidade é uma anti-virtude,
mas é também uma grandeza, pois a pesquisa é coadjuvada pelo espírito curioso
do cientista. Alexandre Fleming (1881/1955) encontrou a penicilina, ao espirrar sobre uma lâmina. Esse revolucionário
antibiótico salva milhares de vidas. Outro
caso de curiosidade à moda marinheiros de Ulisses ocorreu-me quando ganhei um
trenzinho de corda, em um natal. Com trilhos, e quando
acionado soltava uma pequena fagulha pela chaminé por cima da casa de máquinas.
Utilizei demais o pequeno e inteligente brinquedo, pois a ferrovia e os trens são
parte do meu inconsciente. A minha felicidade
durou pouco, com chegada de um querido primo que alertou-me, pois estava a dar pouca corda no mecanismo. Meu primo ao
me corrigir a rodar a chave, quebrou o meu passatempo.
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