5 de janeiro de 2020

Teresa Fenix - 54.parte

 O antropólogo Darcy Ribeiro(1922/1997) cunhou a seguinte frase na lápide do inconsciente coletivo do povo brasileiro. " Como é que uma nação pode perder o amor por suas crianças? O Brasil não tem um bezerro abandonado, um cabrito. Um frango  qualquer que você encontra, tem dono. Mas tem milhares de crianças abandonadas". Pingola é um exemplo real da assertiva acima. Não conheceu os genitores dele. Feito um gato selvagem, enfrentou a sociedade  judaico-cristã, insensível, egocêntrica e  não cumpre a cláusula  pétrea - "amar o próximo como se fosse a si mesmo". ("Ouço a Esfinge rir por dentro" - na Chuva Oblíqua poema de   Fernando Pessoa, 3a. parte) - Pingola   encontrou uma ilhota de generosidade, nada mais. Contudo não conseguiu se ressocializar. E tal qual o dinossauro, não se adaptando ao dilúvio, morreu. Pingola teve o mesmo destino. Se existir o transcendental, certamente deverá estar na  categoria - vítima - para lhe oportunizar, caso haja, outra chance. 


(a parte 44a. foi perdida e refeita, por favor releiam para entenderem a 54a.,  desculpa-me)

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