O marinheiro helênico não debitava os contratempos vivenciados como ausência de sorte. Acolhia essas experiências como acréscimos no conhecimento dele, parecia ter uma razoável capacidade cognitiva na absorção dos fatos cotidianos. Talvez por ter conceituado alguns desvios da existência humana, facilitavam a capacidade dele na compreensão e na difusão(quando necessária) dos eventos envolvidos. Continuava vaticinando uma das máximas gregas: conhece-te a ti mesmo, e conhecerás o universos e os deuses (Sócrates 400 a.C). E assim caminhava pelas veredas tropicais, de um pequeno município perdido, como tantos outros abaixo da linha equatorial, cujo IDH (índíce do desenvolvimento humano) é dos mais baixos, igual ao distrito boliviano El Palmar del Oratorio. O grego adquiriu o hábito gastronômico, de comer moqueca de peixe à moda indígena (das tribos puris ou botocudos) ou seja, o cozimento na panela de barro acompanhado de banana da terra, e pimenta malagueta. Ele entendia que quaisquer tipos de molhos, não deveriam anular o gosto do prato principal. Por isso, não apreciava a pimenta picante. E o pimentão autoritário, nunca foi tempero original da moqueca. Todas essas novidades deixam o grego encantado com a cultura brasileira. E por último tomou conhecimento da incrível história dos anos 1960, de um assassino e estuprador, que a polícia, teve muitas dificuldades para detê-lo, pois a lenda, pela oralidade, sabia-se possuir uma poderosa oração, se transformava em cachorro e tocos. "Não creio em bruxas, mas que elas existem, existem ".
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