Maria Callas está para ópera, assim como Dona Ivone Lara está para o samba. Sem
receio de errar, o samba é a arte musical de maior expressão da cultura
brasileira. Dona significa no simbolismo cultural, como se fosse Dama ou
Majestade, a sabedoria do sambista, não lhe permite ser narcisista, melhor
dizendo “metido a besta”, em nominar Ivone Lara de majestade ou dama do samba, em vida.
No Império Serrano, que é uma das academias do Samba, onde Dona Ivone Lara é considerada uma compositora de altíssimo prestígio, e um invejável acervo musical de
sambas de raiz que já está no inconsciente coletivo do
povo brasileiro. Gravou o primeiro disco em 1970, através de Sargenteli
e Adelzon Alves. Dona Ivone Lara nasceu em Botafogo, no Rio de Janeiro há 97
anos. Teve aulas de canto com Lucília Villa-Lobos, esposa do compositor Heitor
Villa-Lobos, que elogiava a voz dessa
sambista. Foi atriz no Sitio do Pica Pau Amarelo, no papel de Tia Anastácia. Freqüentou
a Serrinha em Madureira, berço do jongo, que é a semente do samba. Naquela ocasião
conheceu os compositores Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira, ambos ícones do samba. Dona Ivone Lara viajou ao espaço sideral para ser
a sexagésima estrela da Constelação de Andrômeda, a partir de 16 de abril de 2018, por decisão de todos os orixás.
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