Os dias modorrentos
iam se passando. E a perturbação cotidiana da Maga
Psicológica, discutindo sempre em voz alta nos corredores do modestíssimo
prédio onde moravam Ulisses, Teresa Fênix e o grego. Esse pequeno conglomerado, tinha similaridade com as
hospedarias cariocas, nominadas como cabeça de porco. Por último Maga Psicológica denunciou Teresa Fênix ao Conselho Tutelar, por negligenciar no estudo de Ulisses, o qual estava apresentando notas baixas em português, história e geografia. Na compensação, em matemática era nota máxima. Os mecanismos superiores mentais, diante das disjuntivas existenciais não impedia o raciocínio cartesiano. A alcaguete foi à fundo no expediente do denuncismo, tendo sido necessário se constituir um advogado. Zeca tão logo soube do caso, solidário, acompanhou a filha dele ao Conselho Tutelar, nos primeiros dias primaveris. A atendente era graduada pelo Serviço Social, solícita deu início a anamnese social e psico-antropológica dirigida a mãe e ao filho. E no final, a conclusão da técnica não viu nada que acolhesse a delação. Recomendou a genitora de Ulisses, que a aula particular nem sempre é suficiente. Se faz necessário a mãe ser coadjuvante do filho na tarefa da pesquisa e dos trabalhos escolares. Mais uma vez a Maga Psicológica deu com os burros n'água.
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